O Dia Mundial do
Livro (23 de abril) levou os alunos do 11º C a escrever sobre as suas
leituras, no âmbito da atividade “Somos Livros, somos livres” dinamizada dentro da disciplina de Filosofia. Vamos apresentar três leituras por dia. Esperemos
que elas vos agucem o apetite.
Tiago
Silva:
Meu
pé de laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos
Zezé
era um menino pobre, muito inteligente e muito endiabrado, que vivia numa zona
do rio de Janeiro. O seu pai estava desempregado e devido a isso a sua família
teve que mudar de casa. Nessa nova casa havia várias árvores para cada uma das
crianças . Zezé fica com um pequeno pé de laranja lima que acaba por se tornar
seu grande amigo e confidente. É este mundo de imaginação que permite a
Zezé superar muitas das dificuldades
e dissabores que vai vivendo até ao final do livro. Este é um livro muito
emotivo que é baseado numa história real da infância do autor.
Gabriela
Brandão e Sousa Ribeiro
A CASA DOS
ESPÍRITOS, de ISABEL ALLENDE
Clara, clarividente.
A protagonista. Uma mulher poderosa, peculiar, misteriosa, com poderes
sobrenaturais, que nos encanta ao longo de uma extensa história sobre as três
gerações da família. Numa altura onde reinam as guerras, revoluções, abusos…
enfim, uma era terrível para se ser mulher. Onde Clara, com os seus dotes de
prever o futuro (entre outros), encaminha a sua família nos melhores caminhos
possíveis, passando até mesmo por obstáculos por vezes invisíveis ao olho
humano.
É uma história
comovente, ora com lágrimas, ora risos ou até raiva, com lições inesquecíveis
que passo a citar:
‘’ Em toda uma vida
de convivência com a miséria e a dor, não se lhe tinha endurecido a alma, mas,
pelo contrário, era cada vez mais vulnerável à piedade.’’
‘’Blanca acreditava
que deveriam dosar a leitura, porque havia coisas que não eram adequadas à sua
idade, mas o seu tio Jaime afirmara que só se lê o que interessa, e, se
interessa, é porque já se tem maturidade para fazê-lo.“
Guilherme
Castro
O Perfume, Patrick Süskind
Nas favelas de
França do século XVIII, Jean-Baptiste Grenouille nasce com um dom sublime — um
olfato absoluto. Jean sempre teve problemas sociais e as suas capacidades de se
envolver e adaptar à sociedade nunca foram as melhores. Essas dificuldades e o ódio
gerado por ser “diferente” fomentam a criação de um perfume perfeito, a
fragrância maravilhosa, e consegue-o através das maneiras mais impiedosas e
obscuras que possamos imaginar.
É um livro que prende a atenção do leitor, é fácil de
ler e bastante entusiasmante. A história
é tão envolvente e tão perturbadora, que nos esquecemos realmente que Jean é um
assassino. Do meu ponto de vista, Patrick Süskind transmite a mensagem
de como a sociedade e a forma como somos tratados por ela tem impacto nas
nossas atitudes e pensamentos.
Aconselho a leitura, qualquer que
seja a preferência literária.
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