Mais três textos do 11º C dentro da atividade do Dia Mundial do Livro, "Somos Livros, somos livres".
Carolina
Saraiva
Uma família quase
normal, Mattias Edvardsson
A fé de um pai. A
fidelidade de uma filha. A ética de uma mãe.
Stella é uma
adolescente comum, de uma família honesta. O pai, Adam, é pastor da Igreja da
Suécia, respeitado e de uma moral irrepreensível, casado com Ulrika, advogada.
Os Sandell parecem ser a família perfeita, até que Stella é acusada do
homicídio de um homem rico e muito mais velho, Cristopher Olsen. Os pais
acreditam na sua inocência, mas todas as provas apontam para ela. Para espanto
de todos, Stella recusa-se a contar o que se passou naquela noite trágica, não
permitindo a visita dos pais, enquanto se encontra na prisão. Um livro
absolutamente viciante (lido em dois dias), com uma nova revelação ao virar de
cada página, que me conquistou, sobretudo, pela densidade psicológica das
personagens. E, afinal, até onde iria para proteger a sua família?
Inês
Sequeira
Duas Mulheres, Dois
Destinos, Lesley Pearse
O livro “Duas
Mulheres, Dois Destinos” centra-se na amizade de duas jovens inglesas, vindas
de extremos opostos da sociedade. Acompanhamos as suas aventuras e desventuras
à medida que crescem, e ao longo da história, tanto uma como outra, são
sujeitas a sérias situações, que vão exigir de ambas um grande nível de
maturidade. A escritora, Lesley Pearse, debruça-se sobre várias temáticas que
por vezes são ignoradas, nomeadamente: prostituição, abortos ilegais, abuso de
menores, fraude financeira, entre outras. Ao mesmo tempo que aborda estes
problemas, não podemos esquecer que a história se inicia em 1935 e prolonga-se
durante a guerra, o que faz com que todas as adversidades que o povo inglês
teve de superar estejam bem patentes na história. A escritora inclui factos
verídicos na história como, por exemplo, o chocante bombardeamento da Igreja de
Saint Mary que tirou a vida a mais de duas dezenas de crianças que se
encontravam na catequese. Lesley Pearse tem a capacidade para envolver o leitor
e isso talvez se deva ao facto de ela ter vivido em primeira mão muitos dos
problemas abordados nos seus livros.
Pedro Ramos
O
estrangeiro, de Albert Camus
"Compreendi,
então, que um homem que houvesse vivido um único dia, poderia sem dificuldades
passar 100 anos numa prisão. Teria recordações suficientes para não se
entediar. De certo modo, isto era uma vantagem." (Camus, Albert, "O estrangeiro")
Hoje eu reflito sobre esta frase de forma diferente.
Inicialmente, não percebia este absurdo de Camus. Agora, a quarentena
tornou-nos presos. Vejo as recordações daquilo que fazia, com agrado, pois
fi-lo, e, apesar de não ser possível sair de casa agora, recordo os melhores
dias que vivi. Esta tal vantagem de ter vivido estes dias torna-me otimista e
dá-me esperança para ultrapassar este tempo.
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