Partindo da crónica de Miguel Esteves Cardoso, no manual, A atividade de não ler, no âmbito do estudo das reflexões do Poeta n’ Os Lusíadas (crítica à desvalorização das Artes e das Letras), os alunos deviam escolher uma frase e criar outro texto. Aqui fica o texto do Rui Silva, do 10º B.
“Ler é estar desprevenido”
A
leitura consegue ser uma das coisas mais emocionantes e enriquecedoras que pode
haver; consegue tornar-nos em máquinas devoradoras de palavras, até chegar a um
ponto onde parece que já não estamos satisfeitos com nada.
Apesar
destas vantagens todas, há, obviamente, desvantagens que nos podem desanimar
ligeiramente. Por exemplo, sofrermos de “click-bait”, que é uma espécie de ataque
que as editoras e os autores fazem aos leitores, de maneira a cativá-los para
comprar os livros; e, depois, não é claramente o nosso estilo e não gostamos
nada.
Alguns
dos efeitos preferidos, para mim, ao ler
livros, são o sossego e o relaxamento que me provocam. Talvez indo ao encontro
do que o autor do texto refere, A
atividade de não ler, gosto mais de ler em momentos em que não há ninguém
para nos chamar ou perturbar, por exemplo, para pôr a mesa, para ir estudar,
para fazer as tarefas da escola, ou até mesmo para ir comer. Gosto
especialmente de ler de madrugada, quando já está tudo a dormir e não me sinto
observado; quando, por exemplo, o meu rosto demonstra um sorriso, não gosto de
ser encarado e não gosto de ter de tentar explicar o motivo de ter sentido esse
sentimento.
Ler
é estar desprevenido,
porque estamos vulneráveis e acho que é um momento de paz que não pode ser
quebrado.
Rui Silva, 10ºB
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