sábado, 30 de maio de 2020

A PARTIR DE UMA CRÓNICA DE MIGUEL ESTEVES CARDOSO (2) Alunos do 10º ano escrevem sobre ler e não ler



Partindo da crónica de Miguel Esteves Cardoso, no manual, A atividade de não ler, no âmbito do estudo das reflexões do Poeta n’ Os Lusíadas (crítica à desvalorização das Artes e das Letras), os alunos deviam escolher uma frase e criar outro texto. Aqui fica o texto do Rui Silva, do 10º B.

“Ler é estar desprevenido”
A leitura consegue ser uma das coisas mais emocionantes e enriquecedoras que pode haver; consegue tornar-nos em máquinas devoradoras de palavras, até chegar a um ponto onde parece que já não estamos satisfeitos com nada.
Apesar destas vantagens todas, há, obviamente, desvantagens que nos podem desanimar ligeiramente. Por exemplo, sofrermos de “click-bait”, que é uma espécie de ataque que as editoras e os autores fazem aos leitores, de maneira a cativá-los para comprar os livros; e, depois, não é claramente o nosso estilo e não gostamos nada.
Alguns dos efeitos preferidos, para mim,  ao ler livros, são o sossego e o relaxamento que me provocam. Talvez indo ao encontro do que o autor do texto refere, A atividade de não ler, gosto mais de ler em momentos em que não há ninguém para nos chamar ou perturbar, por exemplo, para pôr a mesa, para ir estudar, para fazer as tarefas da escola, ou até mesmo para ir comer. Gosto especialmente de ler de madrugada, quando já está tudo a dormir e não me sinto observado; quando, por exemplo, o meu rosto demonstra um sorriso, não gosto de ser encarado e não gosto de ter de tentar explicar o motivo de ter sentido esse sentimento.
Ler é estar desprevenido, porque estamos vulneráveis e acho que é um momento de paz que não pode ser quebrado.
 Rui Silva, 10ºB

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