O Governo divulgou as orientações para a reabertura do ensino
pré-escolar a partir da próxima segunda-feira, dia 1 de junho. O documento, depois
de fazer o enquadramento da medida dentro das orientações gerais para a
reabertura de estruturas educativas e outras e de o integrar no Roteiro Europeu
para o Levantamento Progressivo das Medidas de Contenção da COVID-19, começa a
elencar um conjunto de medidas que serão essenciais para que a reabertura corra
sem sobressaltos.
O distanciamento físico, que deve estar presente nesta fase em
todas as situações em que pessoas convivem de perto, deve ter aqui uma ressalva
importante, tendo em conta a necessidade de socialização das crianças e a sua
necessidade de brincar. Do mesmo modo as relações com os adultos, embora sendo
controladas, devem seguir um caminho de relativa normalidade, sem comprometer no
entanto a segurança. Devem assim prever-se, no plano de contingência do
estabelecimento, a forma de tratar os casos suspeitos de COVID-19, a criação de
uma zona de isolamento, a gestão de recursos humanos em casos de falta de
profissionais por quarentena ou contágio. Os profissionais devem também ser
informados de todas as medidas e procedimentos a ter.
Quanto às regras de higiene, elas devem prever a limpeza das
instalações, as recomendações às crianças e aos adultos na lavagem das mãos nas
casas de banho e higienização com solução alcoólica à entrada do
estabelecimento, a colocação de máscaras pelos adultos (nunca pelas crianças).
A lavagem e/ou higienização das mãos devem ocorrer antes e depois das refeições,
depois da ida às casas de banho, e a cada deslocação do exterior para o
interior. Outras recomendações são ainda o evitar a reunião com outros grupos
de crianças e a proibição de os pais entrarem no estabelecimento ou de reunirem
presencialmente entre si.
Quanto ao uso dos espaços, as crianças devem estar em espaços
o mais amplos possível, mantendo uma distância razoável se estão em mesas,
privilegiando-se para atividades, dentro do possível, os espaços exteriores.
Tem interesse também definir percursos de circulação interna para conseguir
melhor higienização e mais regular dos espaços. Dentro do possível, as janelas
devem estar abertas para circulação de ar. As crianças devem ainda ter na
escola calçado para aí calçarem, ficando depois, à saída, guardado no
estabelecimento. O ideal será também que os pais não deixem levar brinquedos de
casa. Nos recreios, entre cada grupo que ali permaneça, devem ser higienizados esses
espaços.
O documento acentua ainda que as práticas pedagógicas não
devem desaparecer mas serem desenvolvidas com valorização de relações e
interações entre crianças e com os adultos e sempre tendo em conta a ligação
entre desenvolvimento e aprendizagem, estando atentos ao bem-estar das crianças
e às suas necessidades emocionais, físicas e objetivas. Defende-se mesmo a
discussão com as crianças sobre a alteração das suas rotinas e a construção de
materiais com elas sobre as novas regras. Tranquilizá-las e ajudá-las a
compreender o presente momento é fundamental.
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