segunda-feira, 1 de junho de 2020

IMPRESSÕES DE LEITURA Catarina Silva comenta em dois momentos a sua leitura do "Naufrágio da nau Santiago"



Catarina Silva, do 10º C, acabou de ler O NAUFRÁGIO DA NAU SANTIAGO, da História Trágico-Marítima. Eis aqui as suas impressões de leitura em dois momentos. 

28 de maio de 2020
O “Naufrágio da Nau Santiago” é uma narrativa que nos mostra a realidade vivida no séc. XVI, durante as viagens marítimas. Esta viagem, da "História Trágico-Marítima" é relatada com muito pormenor e é muito realista, o que a diferencia d`0s Lusíadas. O português daquela época é um pouco diferente do atual, por isso tive de reler algumas páginas várias vezes.
A 1ª parte deste relato dá-se com o início da viagem, em Lisboa, no dia 1 de abril. A nau, nessa altura, para navegar dependia do vento, e isso influencia a demora na embarcação em alguns locais, como acontece no início. A viagem sofre vários contratempos, mas tudo se anima com as festas religiosas que acontecem a bordo. Os portugueses eram muito religiosos / devotos, portanto tudo o que acontecia no mar era influenciado por Deus ,e para prevenir, os portugueses rezavam e faziam procissões na nau.
Tudo começa a complicar-se quando passam o Equador e vão-se aproximando do Baixo da Judia, no lado oriental de África. Contudo, ao pensarem que já o passaram, encalham contra ele e a nau fica destruída. O narrador da história insiste muito nesta parte do Baixo da Judia, pois muitos dos que estavam na nau discordavam quanto à sua real localização. Uns diziam que, sim, era o Baixo da Judia, e outros não concordavam com isso. No final, chegou a concluir-se que não era o Baixo da Judia. 
O relato é interessante, porém é complicado de ler. Estou entusiasmada para saber o destino dos portugueses e as peripécias desta viagem.

30 de maio de 2020
Após a tragédia do Baixo, em que muitos acabaram por morrer ali, os portugueses puseram-se a trabalhar para chegarem a terra. Uns foram de esquife, ver se viam o Baixo da Judia e terra, outros saíram num batel e outros em jangadas. Só uma das jangadas é que chegou a terra, bem como o batel e o esquife. Todos passaram por situações complicadas para se salvarem ao fim de vários dias errando no mar. No batel muitos dos passageiros tiveram que ser expulsos para se conseguir uma lotação que não levasse o barco ao fundo. Cada pessoa que era deitada ao mar era um drama!
Em terra, alguns dias depois, os cafres (negros) dificultaram-lhes a vida, mas havia sempre uma boa alma a ajudá-los. Encontraram-se todos em Calimané e, com a ajuda de um português que ali vivia há alguns anos para apoiar os viajantes, dali seguiram para Moçambique, onde festejaram e fizeram uma procissão, conforme a promessa que haviam feito.
Em suma, gostei desta narrativa, que faz parte da História Trágico-Marítima, com todas as suas tragédias. Conforme o li, parece que me imaginei a vivenciar todos os momentos passados naquela nau. Os portugueses tinham muita força de vontade e, apesar do receio, iam sempre em frente. Com a leitura deste livro reconheço a valentia e os feitos dos portugueses.

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