Catarina Silva, do 10º C,
acabou de ler O NAUFRÁGIO DA NAU SANTIAGO, da História Trágico-Marítima. Eis
aqui as suas impressões de leitura em dois momentos.
28 de maio de 2020
O “Naufrágio da Nau Santiago” é uma
narrativa que nos mostra a realidade vivida no séc. XVI, durante as viagens
marítimas. Esta viagem, da "História Trágico-Marítima" é relatada com muito pormenor e é muito realista, o que
a diferencia d`0s Lusíadas. O português daquela época é um pouco
diferente do atual, por isso tive de reler algumas páginas várias vezes.
A 1ª parte deste
relato dá-se com o início da viagem, em Lisboa, no dia 1 de abril. A nau, nessa
altura, para navegar dependia do vento, e isso influencia a demora na
embarcação em alguns locais, como acontece no início. A viagem sofre vários
contratempos, mas tudo se anima com as festas religiosas que acontecem a bordo.
Os portugueses eram muito religiosos / devotos, portanto tudo o que acontecia
no mar era influenciado por Deus ,e para prevenir, os portugueses rezavam e
faziam procissões na nau.
Tudo começa a
complicar-se quando passam o Equador e vão-se aproximando do Baixo da Judia, no
lado oriental de África. Contudo, ao pensarem que já o passaram, encalham contra
ele e a nau fica destruída. O narrador da história insiste muito nesta parte do
Baixo da Judia, pois muitos dos que estavam na nau discordavam quanto à sua
real localização. Uns diziam que, sim, era o Baixo da Judia, e outros não
concordavam com isso. No final, chegou a concluir-se que não era o Baixo da
Judia.
O relato é
interessante, porém é complicado de ler. Estou entusiasmada para saber o
destino dos portugueses e as peripécias desta viagem.
30 de maio de
2020
Após a tragédia
do Baixo, em que muitos acabaram por morrer ali, os portugueses puseram-se a
trabalhar para chegarem a terra. Uns foram de esquife, ver se viam o Baixo da
Judia e terra, outros saíram num batel e outros em jangadas. Só uma das
jangadas é que chegou a terra, bem como o batel e o esquife. Todos passaram por
situações complicadas para se salvarem ao fim de vários dias errando no mar. No
batel muitos dos passageiros tiveram que ser expulsos para se conseguir uma
lotação que não levasse o barco ao fundo. Cada pessoa que era deitada ao mar
era um drama!
Em terra, alguns
dias depois, os cafres (negros) dificultaram-lhes a vida, mas havia sempre uma
boa alma a ajudá-los. Encontraram-se todos em Calimané e, com a ajuda de um
português que ali vivia há alguns anos para apoiar os viajantes, dali seguiram
para Moçambique, onde festejaram e fizeram uma procissão, conforme a promessa
que haviam feito.
Em suma, gostei desta
narrativa, que faz parte da História Trágico-Marítima, com todas as suas
tragédias. Conforme o li, parece que me imaginei a vivenciar todos os momentos
passados naquela nau. Os portugueses tinham muita força de vontade e, apesar do
receio, iam sempre em frente. Com a leitura deste livro reconheço a valentia e
os feitos dos portugueses.
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