“Um leitor vive mil vidas antes de morrer. O homem que nunca lê vive
apenas uma.” (George Martin)
Estamos
a aproximar-nos de uma realidade mais triste, onde cada vez menos pessoas leem
regularmente e preferem usufruir dos seus tempos livres nas redes sociais ou
noutras atividades intimamente relacionadas com a tecnologia, que em nada
contribuem para o homem da mesma maneira que os livros.
É
indiscutível a afirmação de que os livros expandem os horizontes culturais de
quem os lê, mas não ficam por aí. Aliás, como é referido na frase de George
R.R. Martin, a literatura é o melhor (e talvez o único) meio de viver uma vida
para além da própria. E, pessoalmente, não discordo minimamente dessa
afirmação! O mundo literário faz-nos, constantemente, entrar no cenário, sentir
cada aspeto descrito …como se conseguisse tornar as nossas simples vidas em algo
mais interessante!
Claro
que os defensores das adaptações cinematográficas têm uma resposta na ponta da
língua contra os que preferem as versões em papel. Algo do género: “Para além
dos filmes e séries serem mais fáceis de compreender, o cenário, as
personagens, as cores já foram criadas. Há muita mais vivacidade e emoção no
que vemos do que, propriamente, num ajuntamento de palavras”.
Ora,
penso que esse argumento é o que torna a vida dos leitores tão cativante e é,
simultaneamente, a chave para compreender a frase de George Martin: a
possibilidade de sermos nós a projetar mentalmente o mundo literário ao invés
de nos limitarmos a algo decidido pelo realizador é, no meu ponto de vista, o
que nos abre a porta para viver outra história, outra vida, vezes e vezes sem
conta!
O poder dos livros sobre o homem é o poder da sua própria mente!
Carolina Baptista, nº4, 10ºD
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