quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

ENTREVISTA Inês Brites, recém-eleita, fala sobre o trabalho da nova AE

 

Inês Brites, recém-eleita para a presidência da Associação de Estudantes (AE), respondeu ao Blogue EXPRESSÃO sobre o seu programa de ação 2020/21:

 Porque te candidataste?

Acredito que é essencial, não apenas neste ano tão atípico, como também nos restantes, haver um órgão que represente, de forma equitativa, todos os alunos da escola. Desta forma, e dando especial atenção à manifestação de novas adversidades causadas pela Covid-19, achei pertinente a minha candidatura à presidência da AE, ciente da magnitude que este cargo admite, já que, juntamente com os restantes membros integrantes deste projeto, pretendo maximizar o bem-estar da comunidade escolar. 

Ficaste admirada de só aparecer uma lista?

Honestamente, sim. Não só devido à grande dinâmica da corrida eleitoral que habitualmente verificamos na nossa escola, mas também porque, mais do que nunca, num ano tão singular como o que presenciamos, todos os alunos necessitam que lhes seja concedida uma voz, bem como representantes que a traduzam de uma forma eficiente. 

A elevada abstenção deixou-te mal disposta?

A elevada taxa de abstenção não me deixou, de todo, satisfeita. Mesmo verificando-se apenas uma lista a concorrer ao Órgão de Associação de Estudantes, é necessário haver uma consciencialização de todos os alunos para exercer o direito de voto. Penso que este acontecimento se explica pela falta de informação ou interesse da parte dos educandos e combater este abstencionismo irresponsável é um dos nossos objetivos como Associação de Estudantes, tal como referimos no nosso plano de ação.

 Que projetos do teu Plano de Ação consideras mais importantes?

Ao realizar o Plano de Ação, fiz os possíveis para reunir uma coletânea de temas que, juntamente com os restantes membros da anterior lista e agora Associação de Estudantes, achei mais pertinente abordar, tendo sempre em consideração que é essencial todos os estudantes se sentirem confortáveis no local onde passam a maior parte do seu quotidiano. Posto isto, temos em mente avançar, assim que possível, com sessões de apoio em conjunto com os Serviços de Psicologia e Orientação da escola para melhor esclarecer a importância que a saúde mental assume, nos nossos dias, e ajudar a comunidade escolar, em especial, os alunos, a ultrapassar os seus problemas, em prol de atingir o sucesso escolar. Para além desta, ainda na vertente cívica, pretendemos realizar, em semelhança a anos letivos anteriores, recolhas de bens e distribuir estes, por sua vez, pelos estudantes mais desfavorecidos.

Que problema(s) gostavas de atacar logo em primeiro lugar?

Tal como referido anteriormente, acho de extrema importância a existência de um diligente apoio psicológico aos alunos das diferentes faixas etárias que frequentam a nossa escola, sendo esta uma das medidas às quais damos mais protagonismo. Contudo, e de forma a cumprir as medidas de contingência impostas, devido à Covid-19, acredito que a recolha de alimentos, roupas, brinquedos e outros bens, bem como a sua redistribuição pelos alunos do nosso agrupamento, não só na época natalícia, mas também ao longo de todo o ano letivo, seja umas das ações com maior importância. Desta forma, evitamos ajuntamentos dispensáveis, em auditórios, e sensibilizamos, igualmente, os estudantes e funcionários.

Melhorar o sucesso, nomeadamente dos mais desprotegidos, e promover práticas de vida saudáveis entre os estudantes são ideias que referes no Plano de Ação: tens alguma estratégia para conseguir isso?

Promover a equidade entre todos os alunos é, e sempre será um dos nossos principais focos e pretendemos responder a todas as necessidades apresentadas. No que toca à promoção de um estilo de vida saudável, sugerimos a realização de palestras com o apoio de técnicos especializados na área da nutrição e uma maior e mais diversificada disponibilidade de snacks saudáveis no bar dos alunos, combinada com uma regular e vigiada prática de desporto. Ainda neste tema da saúde e bem-estar, tencionamos propor uma melhoria das ementas.

Seria fácil e vantajosa a colocação de ecopontos na escola, como propões?

A substituição dos caixotes de lixo regulares, ainda existentes, por ecopontos é um dos nossos objetivos para este ano letivo. Penso que um reposicionamento dos mesmos em zonas mais estratégicas seria vantajoso, bem como a colocação de novos tanto nos corredores como nas salas.

A pandemia torna a atuação da AE mais fácil ou mais difícil? Porquê?

Como referi há pouco, todo o processo de candidatura exigiu bastante esforço e disponibilidade dos membros deste projeto, que se demonstraram sempre prontos a agir. Mesmo assim, confesso que foi muito difícil conciliar horários para que temas importantes fossem discutidos, devido à particular situação a que estamos sujeitos este ano. Desta forma, acredito que, com dedicação e mantendo sempre um cunho empreendedor, é possível concretizar tudo aquilo que objetivamos. Contudo, é inquestionável que, apesar de nos apresentarmos dotados de capacidade de levar a cabo este projeto, independentemente das circunstâncias, parte das medidas propostas assume uma grande complexidade, quando adaptadas a esta situação pandémica.

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