Quando
era pequeno, intrigava-me o porquê de existir um “Dia da Mulher” e não existir
um “Dia do Homem”, porque não entendia a razão de só as mulheres serem
celebradas e de existir um dia só para elas, enquanto não havia um dia para
“mim”.
Mas
a verdade é que, ao crescermos, aprendemos, maturamos e entendemos as coisas
que não eram fáceis de apreender em pequenos. Assim, quando cresci (não que já
seja muito crescido), comecei a compreender a necessidade de as mulheres
celebrarem a sua constante e, aparentemente, interminável luta, a sua
sobrevivência e, sobretudo, a sua resiliência.
Compreendo
a necessidade de celebrar todas as mulheres que lutaram tão arduamente pela sua
independência. Entendo a tão grande utilidade de dar força às mulheres para
estas continuarem a lutar pelos seus Direitos. Percebo que se queira enaltecer
a batalha enorme que as mulheres ainda travam para saírem a ganhar numa
sociedade que ainda não lhes concede tudo o que merecem.
Para
além disso, ainda consigo entender o porquê de se celebrarem os feitos de
mulheres lutadoras, como Carolina Beatriz Ângelo ou Ana de Castro Osório.
Finalmente,
consigo compreender o porquê de existir um dia para recordar as mulheres que
lutaram e lutam por aquilo que desejam alcançar: a igualdade e a justiça.
Entendo que este dia não é apenas mais uma celebração em vão, é um dia que
serve para nos abrir os olhos e nos dizer que não podemos deixar esta
incessante luta cair no esquecimento.
(Imagem: definicao.net)
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