Estamos a publicar, um por dia, os
textos vencedores do Prémio EXPRESSÃO Vox Populi 2020/21. Publicamos hoje o
texto da terceira classificada, a Carolina Saraiva, do 12º A, que escolheu o
tema B. Parabéns.
TEMA B
A pandemia tem mostrado no Ocidente
uma sociedade muito fechada no seu conforto e com muitas dificuldades de
aceitar confinamentos e restrições. Renunciar a algumas comodidades em nome do
bem comum é muito difícil e a cada nova restrição levantam-se logo as vozes da
rua e das redes sociais. O que levanta a pergunta: “Até que ponto é que a nossa
sociedade está preparada para o sofrimento e a renúncia?”. Numa crónica / texto
de opinião de 300 a 400 palavras, destinada a um jornal local, mostra-nos como
é que vês esta questão.
Aqueles que apreciam os momentos
passados somente com a família mais próxima aceitaram, de imediato, as
necessárias restrições implementadas pelo governo. Contudo são muitos aqueles
que continuam a desvalorizar a situação atual, não trocando um jantar num
restaurante com os amigos por uma refeição solitária em casa. Era esta
mentalidade fechada que eu esperava não encontrar no nosso país, mas que,
infelizmente, ainda está bastante presente.
Há quem diga que os que não
melhoraram a sua forma de pensar , tornando-se melhores pessoas, numa situação
ímpar como a que vivemos, nunca serão capazes de evoluir. Eu, pelo contrário,
acredito que somos, agora, mais egoístas. Refiro-me, sobretudo, ao grupo etário
no qual me incluo, os jovens. Como sabemos que, à partida, se formos infetados,
poucas serão as sequelas, não pensamos
no que poderá acontecer aos nossos pais e avós. Somos, possivelmente, os que
mais desrespeitam as regras impostas. Disso são exemplo os ajuntamentos nos
cafés, durante os intervalos escolares. São, também, os mais novos que, muitas
vezes, se manifestam contra as medidas restritivas, nas redes sociais.
Estamos à beira de um novo
confinamento geral, pedindo-se aos cidadãos que restrinjam, ao máximo, os seus
contactos, trabalhando, sempre que possível, a partir de casa. Muitos,
nomeadamente membros de alguns partidos, voltam a opor-se a esta decisão
drástica. No entanto, não há alternativas, dado que Portugal atravessa o pior
momento no que diz respeito ao número de infetados, internamentos e óbitos. É
urgente agir e cabe-nos a nós respeitar quaisquer regras, em prol do bem-estar
da nossa sociedade.
Na minha vida, ainda que esta seja
breve, nunca imaginei ter de encarar esta realidade, mas sei que, se não
renunciarmos a prazeres mundanos, tardará em retomarmos a nossa “normalidade”.
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