quarta-feira, 31 de março de 2021

ESTUDO DIAGNÓSTICO DAS APRENDIZAGENS IAVE analisou aprendizagem em pandemia em 3 literacias

 

Saiu esta semana o Estudo Diagnóstico das Aprendizagens realizado pelo IAVE (Instituto de Avaliação Educativa) para detetar problemas de aprendizagem relacionados com o período de pandemia que influenciou as atividades das escolas e  o rendimento dos alunos. Estes resultados foram apresentados esta segunda-feira pelo Presidente do IAVE, Luís Santos, numa conferência de imprensa conjunta com o Secretário de Estado Adjunto da Educação, João Costa.

O estudo realizou-se entre 6 e 21 de janeiro de 2021 e teve como universo os alunos do 3º ano (96.561), 6º ano (140.281) e 9º ano (99.575), utilizando como amostra cerca de 7.000 - 8.000 alunos em cada um deste anos de escolaridade. Participaram 313 escolas, do ensino público e privado, com 1.338 turmas. Cerca de 33% dos alunos eram beneficiários da Ação Social Escolar.

Avaliaram-se os alunos em três literacias: científica; da leitura e da informação; matemática. Em cada uma as perguntas (com itens de seleção) tinham grau diferente de complexidade de forma a verificar a capacidade dos alunos em 4 níveis e incidiam sobre problemas do quotidiano. Cada prova relativa a uma das literacias durava 30 minutos, havendo também um questionário de contexto de 20 minutos.

No caso da Literacia Científica, ia-se desde a identificação de características elementares de uma experiência até à avaliação de formas de explorar cientificamente um problema. Na Literacia de Informação e da Leitura, ia-se desde a identificação do assunto de uma parte específica de um texto até à avaliação da adequação da sua linguagem à sua finalidade. Na Literacia Matemática, ia-se desde ler e interpretar dados para produzir raciocínios simples até à mobilização de dados para raciocínios complexos.

Aqui ficam alguns resultados globais.




Nos Questionários de contexto os alunos revelaram ter havido bastante interesse das escolas e dos professores em saber se os alunos estavam a realizar as tarefas escolares e se estavam a aprender. Grande parte dos alunos sentiu a falta das atividades físicas e não sentiu dificuldades em lidar com as novas tecnologias, tendo aliás reconhecido que a sua proficiência a lidar com essas tecnologias melhorou neste últimos meses. Quanto às dificuldades, os alunos indicaram em grande parte a falta de equipamentos (mais no 3º ano), a falta de motivação para as tarefas escolares, a falta de um sítio sossegado para estudar ou a falta de ajuda na execução das tarefas.

Na apresentação da passada segunda-feira foi realçado o facto de menos de metade dos alunos do 6.º e 9.º anos ter mostrado o nível de conhecimentos elementares esperado. Os alunos do 6.º ano foram os que registaram pior desempenho nas três literacias avaliadas. A Matemática continua a ser a área que regista piores resultados. O secretário de Estado João Costa anunciou entretanto a criação de um grupo de trabalho que, até abril, irá aprovar recomendações. Ver aqui o estudo e os resultados.

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