A religião católica e em geral as religiões de origem cristã sofrem desde há cerca de dois séculos uma grande quebra nas práticas e nas convicções religiosas dos cidadãos. A secularização e a separação dos poderes civil e religioso, acompanhadas do desenvolvimento científico exponencial e da evolução da economia, levaram a uma situação de quase subalternização da religião e da prática religiosa, que não têm a importância que antes tinham.
Muitos estudos surgiram a propósito do aparecimento das religiões, da sua função nas sociedades em que se desenvolveram e da decadência do pensamento judaico-cristão. “Decadência”, do filósofo francês Michel Onfray (Edições 70), e “A desilusão de Deus”, de Richard Dawkins (Ed. Casa das Letras), analisam muito bem a ascensão e queda do pensamento religioso cristão e expõem as explicações históricas e cientificas para o fenómeno religioso, denunciando todo o “pensamento mágico” à volta das religiões.
Paralelamente os autores analisam as consequências desencadeadas pela orientação adotada no desenvolvimento do cristianismo, que se organizou como poder estruturado e hierárquico e em ligação ao poder civil, sempre com a ideia paulina (de São Paulo) de instauração de uma religião universal com normas morais e práticas a impor a todos os povos.
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