Às perguntas "Que andas a ler? Que série andas a ver?", o professor João Vaz respondeu:
Li recentemente os livros de ciência: “Uma Breve História da Terra”, de Andrew H. Knoll e “Portos
em Portugal”, de Feliciana Monteiro (editados em 2022).
Reli “O Infinito num Junco” de Irene Vallejo, de 2020. Talento narrativo e erudito: minuciosa descrição e explicação densa, da importância do número de sinais, o desenhar das coisas e das ideias, que dava conta do mundo exterior e interior, para começar a desenhar o som das palavras. Através de sucessivas simplificações chegaram às letras (em suporte de junco: papiro egípcio). Como diz a autora na página 114, “a invenção do alfabeto derrubou muros e abriu portas para que as pessoas, e não apenas um conclave de iniciados, pudessem aceder ao pensamento escrito”. Dá enfoque à Antiguidade Clássica, grega e romana: refere museus, bibliotecas (lendária biblioteca de Alexandria, no Egito), e escritores (Homero, Heródoto, Estrabão, Ptolomeu, Aristóteles, etc.). Dissecando etapas, parece ter havido uma sequência temporal e espacial (Crescente Fértil…) para esta invenção maravilhosa. Na página 397 refere que com Gutenberg (papel da imprensa…) os livros (biblíon: palavra de origem grega), voltam a expandir-se… e agora, de luz - os computadores e os e-books. Por fim descreve o amor aos livros que vem da infância. Uma obra extraordinária, impactante e imperdível. “Ler é sonhar pela mão de outrem” Fernando Pessoa.
Na
RTP Memória, visiono a excelente série de ação e espionagem Missão Impossível, da qual faz parte um
grupo de agentes secretos do I.M.F., (excelentes atores, como Bárbara Bain,
Peter Grave, Martin Landau, Greg Morris e Peter Lupu), que têm a seu cargo difíceis e perigosas missões, acabando por surpreender através do uso da mais
alta tecnologia. Realizada nos EUA, nos anos sessenta. A famosa frase: “Esta
mensagem desintegrar-se-á dentro de breves instantes”, dá início a mais uma
missão. O compositor e pianista argentino Lalo Schifrin compôs o célebre tema
musical da série da TV. Inesquecível e intemporal.
João
da Cunha Vaz, 11 de agosto de 2022
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