Após a reunião de Conselho Geral (CG) do dia 21 de janeiro, a Diretora da
Escola, Amélia Fernandes, divulgou a resposta do Conselho Pedagógico do dia 14 aos pedidos
do Conselho Geral (CG), da Associação de Estudantes, do representante dos
alunos no CG e da Associação de Pais. Estes órgãos pediam a revisão da posição tomada a 3
de dezembro em Conselho Pedagógico que impede os professores do Agrupamento de
registar as pontuações das respostas nos testes de avaliação, permitindo apenas
o registo da pontuação global.
No pedido feito ao Conselho Pedagógico, a representante dos alunos no CG
e a Presidente da Associação de Estudantes frisavam a importância do “máximo de
esclarecimento e transparência” que o registo de pontuações nos testes permitia
tendo em vista a identificação dos pontos em que os alunos falham mais para a
respetiva melhoria. A Associação de Pais, no seu documento, insistia no facto
de o professor “não ter nada a esconder”, sendo pois natural o registo das
pontuações das perguntas. Salientava ainda que isso permitiria “a análise mútua
das respostas dadas pelos alunos” e que “esconder as cotações” constituía “um
retrocesso num processo que se quer o mais transparente possível”. O pedido do
Conselho Geral já o resumimos aqui em anterior post mas ia no mesmo sentido, baseando-se
no interesse formativo que estes registos têm para ajudar os alunos a
identificar, preto no branco, aquilo em que falharam.
Na reunião do dia 14, continuada no dia 19, o Conselho Pedagógico
apreciou os 3 documentos e tomou a decisão de manter a deliberação do dia 3 de
dezembro de permitir somente o registo da pontuação global do teste. O
documento aprovado em Conselho Pedagógico foi comunicado ao Conselho Geral no
dia 21 e foi divulgado no dia 22 na Sala de Professores. Começa por fazer uma apologia da participação responsável de todos os
atores da escola, nomeadamente professores, pais e alunos, conscientes embora
das suas diferenças de perspetiva mas também de que é possível encontrar formas
de diálogo e “espaços de negociação” para o fim de todos, o sucesso dos alunos.
Depois o documento responde às
objeções levantadas. Em primeiro lugar refere que o “rigor” e a “transparência”
já existem noutras fases do processo de avaliação, não estando dependentes do
registo das pontuações. Os alunos são informados das matérias dos testes e dos
critérios de avaliação e os testes são elaborados conforme os princípios
consagrados nos documentos oficiais. As cotações continuam a ser divulgadas e a
correção detalhada na aula e a correção individualizada com observações do
professor no teste pode colmatar qualquer dúvida. Por outro lado apontam-se os
caminhos da autocorreção e da
autoavaliação como estratégias que podem ajudar o aluno a “suprir” as
dificuldades da aprendizagem. O documento salienta também que as pontuações ao
lado das perguntas não se destinavam ao confronto entre respostas dos alunos
para descobrir “eventuais situações de injustiça”, como defendia o documento da
Associação de Pais.
O Conselho Pedagógico considerou ainda que o registo das pontuações
obtidas em cada pergunta nos testes dos alunos não é determinante para a “autoavaliação
dos alunos” nem para detetar as matérias que precisam “de ser mais trabalhadas”.
Reconhece ainda que os professores “utilizam os testes como ferramenta
pedagógica de forma criteriosa, rigorosa, clara e transparente”. Finalmente reafirma que a decisão do Conselho Pedagógico de 3 de dezembro foi tomada depois de consultados todos os grupos disciplinares.
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