Continuamos a apresentar as conclusões do Inquérito de Opinião aos alunos do 3.º Ciclo sobre violência juvenil, realizado por um grupo de alunos do 8.º ano no âmbito do Projeto NEPSO da Fundação Vox Populi.
Tendo sido
perguntado aos jovens se consideravam aceitável exercer violência em certas
situações no âmbito do namoro, nomeadamente reação imediata a agressão, vingança por agressão,
reação a mentira ou ocultação, reação a traição e reação a ameaça, verificou-se
que o item em que os jovens consideram mais inaceitável a violência como resposta é a reação
à mentira e ocultação (64,2%) supostamente por não ser considerado tão grave
que justifique violência. Do outro lado, a situação em que os jovens acham
apesar de tudo aceitável a violência como resposta é a reação a ameaças (só 53% de alunos a
consideram inaceitável). As outras respostas indicam 58,3% que consideram
inaceitável a reação violenta imediata a uma agressão, 58,3% que consideram
inaceitável a reação de vingança por uma agressão (portanto não imediata) e
60,3% que consideram inaceitável a reação violenta a traição. Na maior parte
destas categorias os alunos mais novos, de 12-13 anos, consideram menos aceitável
a violência do que os mais velhos, que a aceitam melhor como reação. Quanto à diferença de
respostas entre sexos, os rapazes são menos tolerantes e defendem mais a resposta violenta quando se trata de
reação imediata a agressão e de reação a ameaça.
Relacionado com
esta temática, perguntámos também se considerariam aceitáveis outras formas de
intrusão na vida privada entre namorados ou de pressão sobre o outro parceiro (embora
sem violência física). Nas quatro categorias (espreitar Facebook ou mensagens,
vigiar ou espiar o outro, pressionar demasiado o outro à sexualidade, ameaçar o
outro de abandono) a maioria considera inaceitáveis as 4 atitudes mas a pressão
exagerada para a sexualidade (90,1%) e a vigilância ou espionagem do outro
(84,1%) são as atitudes mais rejeitadas, seguida da ameaça de abandono (73,5%).
Espreitar o Facebook ou as mensagens SMS ou de e-mail do outro só é inaceitável
para 58,3% dos jovens, neste caso com as raparigas a serem mais ciosas da sua
privacidade (67,5% contra 48,6% dos rapazes), talvez porque sintam serem elas
as vítimas desses atos. (Imagem apavparajovens.pt)
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