Entre
os dias 6 e 16 de agosto, integrei uma visita/ formação à Islândia.
A
Islândia é o país mais recente da Europa (geologicamente falando), com cerca de
20 milhões de anos; localizado na região norte da Dorsal Médio-Atlântica, é
dividido a meio pela longa fenda que permite a ascensão e arrefecimento do
magma que constitui o seu solo territorial. Esta fenda (rifte) junta mas também
separa as Placas Tectónicas Euroasiática e Norte Americana, a uma velocidade
média de cerca de 18 mm/ano.
Esta
Ação de Formação foi muitíssimo bem apoiada cientificamente pelos professores Jorge
Paiva (biologia) e Fernando Carlos Lopes (geologia) e proporcionou-me uma nova e interessante perspetiva biológica e
geológica, não só sobre esta incrível Ilha, mas também sobre a dinâmica dos
ecossistemas e da geologia do planeta.
Contribuiu
ainda para a recolha de imenso material fotográfico e de vídeo que me será
precioso em contexto de sala de aula, enquanto docente das disciplinas de
Ciências Naturais e de Biologia e Geologia assim como serviu para a atualização
de conhecimentos científicos.
Devo
ainda aqui expressar a minha tristeza pelo facto de o atual programa de
Biologia e Geologia estar em vigência há tantos anos, sem qualquer atualização,
inadmissível num país que se quer na vanguarda da ciência.
A Islândia,
para além de ser um verdadeiro laboratório para a geologia e para a biologia, é
ainda um gigante parque de diversões, ao proporcionar experiências únicas, que
fui partilhando neste blogue ao longo da minha estada.
Assim e em modo de
conclusão, quero dizer que presenciar o sol da meia-noite, passar por detrás de
uma gigante cascata, ver vulcões, pseudocrateras, geiseres e fumarolas,
fiordes, glaciares e icebergues, sentir o cheiro intenso das entranhas deste
planeta e tomar perceção da intensidade do caldeirão fervente sob os meus pés,
que condiciona toda a vida à superfície, já é por si só algo que tornará esta
viagem inesquecível. Agora transmitir todas estas experiências aos meus alunos,
perpetuará esta viagem de sonho.
Uma viagem que foi também
uma missão.
A professora de Biologia
e Geologia
Elsa Salzedas
Um magnífico texto da professora Elsa Saldezas. Obrigada pela partilha de tão clarificador relato de vivências e emoções.
ResponderEliminarO professor só pode ensinar bem quando está disposto a aprender todos os dias.
Anabela Santos