sexta-feira, 16 de setembro de 2016

ENTREVISTA A AMÉLIA FERNANDES (1ª PARTE) Diretora do Agrupamento defende o Plano de Ação Estratégica e os PCA




Qual a situação atual no Agrupamento em termos de turmas e alunos?
Há este ano uma pequena diminuição do número de alunos, que corresponde no total a cerca de 30-35 alunos (num total de cerca de 2250) e a uma redução em média de uma turma por ciclo.

E quanto a professores, estão todos colocados?
Salvo dois ou três casos por motivos de doença, com a colocação dos professores por DCE (Destacamento por Condições Específicas) está todo o serviço assegurado no Agrupamento.

E as escolas do 1º ciclo em obras (Lameirinhas, Santa Zita e Adães Bermudes) estão a funcionar?
Sim, todas estão em funcionamento, embora algumas com certas limitações nos primeiros dias.

O que foi aprovado no Plano de Ação Estratégica (PAE)?
Pela resposta da Comissão para a Promoção do Sucesso Escolar, entre 70% a 90% das estratégias propostas no Plano de Ação Estratégica eram exequíveis. Mandaram-nos avançar com a criação de uma turma no 1º ciclo e outra no 7º ano, ficando pendentes ainda alguns recursos a atribuir (por exemplo os serviços de técnicos de apoio especializados), aguardando agora essa repartição de recursos a nível nacional.

Que currículo e práticas diferentes prevê o PAE?
No 7º ano o currículo é idêntico ao do ensino regular mas pretende-se que os alunos abrangidos, em geral com mais que uma repetência, aprendam através de estratégias específicas a lidar com a escola, a estudar, a ter consciência do prosseguimento de estudos, a gostar da escola. No 1º e 2º anos do 1º ciclo, o PAE pretende colmatar algumas lacunas dos que estão no 2º ano e preveni-las nos do 1º ano. A filosofia deste Plano é aplicar medidas promotoras de sucesso no início de ciclo.

O que se pretende com as duas turmas de PCA (Percursos Curriculares Alternativos)?
O currículo também não é muito diferente do regular, pretendendo-se também que após a intervenção, os alunos regressem ao ensino regular. São alunos que não gostam da escola, que muitas vezes a recusam e interessa por isso envolvê-los. É esse esforço que se pede através dos professores, exigindo também uma compreensão pelos problemas destes alunos.

Qual foi a fundamentação para a manutenção dos Grupos de Homogeneidade Relativa* apenas numa das 3 disciplinas em que funcionava?
Deve dizer-se que em termos de resultados a experiência correu dentro da normalidade. No entanto o Conselho Pedagógico decidiu no passado mês de julho que seria apenas de manter a experiência em Matemática A, disciplina trienal, já que um período de tempo mais prolongado poderá permitir uma avaliação mais eficaz do sucesso da medida porque se prolonga por mais tempo. Nessa altura avaliar-se-á se vale a pena avançar com o alargamento para outras disciplinas. Nas disciplinas de Física e Química A e Biologia e Geologia, achou-se melhor em termos pedagógicos interromper a experiência.

Qual a configuração do Plano de Melhoria, elaborado na sequência da Avaliação Externa de abril passado?
Já está aprovado pelo Conselho Pedagógico e teve parecer positivo do Conselho Geral. Vai ser publicado nas próximas semanas na página da escola e enviado à IGEC (Inspeção-Geral de Educação e Ciência). A equipa que se constituiu para o redigir bateu nos pontos fracos do Agrupamento detetados na Avaliação Externa de abril passado, valorizando também os pontos fortes. Está estruturado em objetivos, atividades e indicadores de medida. São enunciados o ponto de partida, os pontos fortes e fracos e as metas que estão previstas para os diferentes ciclos. Joga-se na exequibilidade e na hipótese de melhorar o Plano no decurso da implementação no terreno, sendo pois um documento aberto. Prevê-se a monitorização das ações envolvidas relacionando objetivos, investimento e resultados. Os pormenores de conteúdo só quando divulgarmos o Plano após o envio à IGEC.
*Grupos constituídos na ESAAG em 2015/16 nas disciplinas de Matemática A, Biologia e Geologia e Física e Química A, , no 10º ano, com coordenação pedagógica entre professores e funcionamento simultâneo em cada disciplina, para testes comuns e divisão em grupos de nível
(2ª parte da Entrevista já a seguir)

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