segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

TEXTOS DOS ALUNOS DO EPG Voltamos a falar sobre a pena de morte


16 de novembro de 2017 foi um dia duplamente significativo a nível nacional e internacional.
Perguntar-se-ão porquê, e eu vou responder: o dia 16 de novembro só em si assinala o Dia Mundial da Filosofia, mas, porque estamos em 2017, neste mesmo dia “celebramos” os 150 anos da abolição da pena de morte em Portugal.
Por ser o dia do “Amor ao Saber” e do “Direito à Vida”, neste Estabelecimento Prisional realizou-se uma conferência-debate onde os presentes puderam manifestar a sua opinião sobre estes temas e outros e também pudemos escutar os pontos de vista e opiniões do público em geral e esclarecer dúvidas acerca do aborto, eutanásia, pena de morte, etc.
Tivemos como convidados o Professor Doutor António Pita (catedrático da Universidade de Coimbra), a ilustre Dra. Carla Freire (advogada) e o professor António Madeira (licenciado em Filosofia).
As questões lançadas pelo Professor Madeira foram sensíveis, complexas e pertinentes, pois pudemos comprovar que ainda há divergências, apesar de algumas pessoas, em alguns casos, pensarem recorrer ao “olho por olho, dente por dente”. Mas, se fizermos as seguintes perguntas “Qual é o preço da vida humana? Se tirarmos a vida a outro ser humano vamos recuperar o que perdemos?”, que respostas obteremos?
Nós aqui podemos dizer que a liberdade é o bem mais precioso, mas sem vida não se pode ser livre, não se pode desfrutar da liberdade e, se seguirmos este raciocínio, deparamo-nos com a razão, o ser, a lógica e talvez a aparência, porque somos seres humanos e nunca estaremos todos de acordo em tudo: cada um terá o seu ponto de vista.
A sociedade em si está dividida??? Até poderá estar, mas é só uma questão de política, uma máquina de discórdia constante que não nos deixa entender o porquê de muita coisa, tal como em que situações somos donos e senhores da nossa própria vida. De facto, há “coisas” que não compreendemos e há outras que não queremos aceitar. Mas a verdade é que foi há 150 anos que abolimos a pena de morte, comprovámos que a vida humana não tem preço para a maior parte dos presentes e concluímos que a pena de morte não mudaria a forma de viver da sociedade em geral e, por tratar-se também do Dia Mundial do “Amor ao Saber”, ficámos todos com a certeza de que a vida é o primeiro dos direitos humanos e devemos dizer NÃO à Pena de Morte, porque viver é muito mais do que morrer!


Adelino Ribeiro, 11º R (Est. Prisional Guarda)

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