16 de novembro de 2017 foi um dia
duplamente significativo a nível nacional e internacional.
Perguntar-se-ão porquê, e eu vou
responder: o dia 16 de novembro só em si assinala o Dia Mundial da Filosofia,
mas, porque estamos em 2017, neste mesmo dia “celebramos” os 150 anos da
abolição da pena de morte em Portugal.
Por ser o dia do “Amor ao Saber” e do
“Direito à Vida”, neste Estabelecimento Prisional realizou-se uma
conferência-debate onde os presentes puderam manifestar a sua opinião sobre
estes temas e outros e também pudemos escutar os pontos de vista e opiniões do
público em geral e esclarecer dúvidas acerca do aborto, eutanásia, pena de
morte, etc.
Tivemos como convidados o Professor
Doutor António Pita (catedrático da Universidade de Coimbra), a ilustre Dra.
Carla Freire (advogada) e o professor António Madeira (licenciado em
Filosofia).
As questões lançadas pelo Professor
Madeira foram sensíveis, complexas e pertinentes, pois pudemos comprovar que
ainda há divergências, apesar de algumas pessoas, em alguns casos, pensarem
recorrer ao “olho por olho, dente por dente”. Mas, se fizermos as seguintes
perguntas “Qual é o preço da vida humana? Se tirarmos a vida a outro ser humano
vamos recuperar o que perdemos?”, que respostas obteremos?
Nós aqui podemos dizer que a liberdade
é o bem mais precioso, mas sem vida não se pode ser livre, não se pode
desfrutar da liberdade e, se seguirmos este raciocínio, deparamo-nos com a
razão, o ser, a lógica e talvez a aparência, porque somos seres humanos e nunca
estaremos todos de acordo em tudo: cada um terá o seu ponto de vista.
A sociedade em si está dividida??? Até
poderá estar, mas é só uma questão de política, uma máquina de discórdia
constante que não nos deixa entender o porquê de muita coisa, tal como em que
situações somos donos e senhores da nossa própria vida. De facto, há “coisas”
que não compreendemos e há outras que não queremos aceitar. Mas a verdade é que
foi há 150 anos que abolimos a pena de morte, comprovámos que a vida humana não
tem preço para a maior parte dos presentes e concluímos que a pena de morte não
mudaria a forma de viver da sociedade em geral e, por tratar-se também do Dia
Mundial do “Amor ao Saber”, ficámos todos com a certeza de que a vida é o
primeiro dos direitos humanos e devemos dizer NÃO à Pena de Morte,
porque viver é muito mais do que morrer!
Adelino
Ribeiro, 11º R (Est. Prisional Guarda)
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