quarta-feira, 29 de maio de 2019

ENTREVISTA A MARIANA BATISTA Como foi a participação na peça "Pedro" do Teatro do Calafrio


 

Nos dias 22 a 25 esteve no TMG o espetáculo "Pedro", texto de Manuel Poppe e encenação de Pedro Damião para o Teatro do Calafrio, da Guarda. A Mariana Batista, do 12º ano, participou no elenco desta produção. 
Como vieste parar a uma produção do Teatro do Calafrio ("Pedro")?
O Teatro Calafrio anunciou uma oficina de teatro no início do ano e eu inscrevi-me. Sempre gostei de teatro e já tinha tentado participar numa oficina de teatro e como agora a oportunidade surgiu, não quis desperdiçá-la. Na sequência desta oficina estava prevista uma participação na peça “Pedro”. Fiquei entusiasmada e à medida que fui conhecendo melhor as pessoas e a peça, ainda fiquei mais entusiasmada. Foi uma experiência fantástica e foi uma sorte muito grande ter encontrado um grupo de pessoas extraordinárias.
Como foi a tua participação nesta peça? 
A participação dos integrantes na oficina Degelo estava desde o início prevista para ser coletiva (em forma de coro). No entanto, acabou por ser um pouco mais e acabei por ter uma pequena aparição como criado e uma participação pequena como o escrivão do D. Pedro.
Em que consistiu a oficina DEGELO?
A oficina Degelo foi uma iniciativa do Teatro Calafrio que consistia numa formação teatral que tinha previsto acabar com uma participação na peça “Pedro” do autor Manuel Poppe. Era para ser uma oficina orientada pelo Américo Rodrigues e pelo César Prata (acabou por ser orientada pelo Pedro Damião e pelo César Prata). No entanto, fruto de alguns constrangimentos que ultrapassaram os participantes da oficina mas que obrigaram a algumas alterações, a oficina acabou por ser uma formação quase intensiva e a ênfase foi colocada na participação na peça onde todos os participantes da oficina acabaram por ter um papel mais ativo do que aquele que inicialmente estaria previsto. Para mim, pessoalmente, foi uma surpresa agradável porque senti que o encenador foi igualmente exigente com todos os atores, amadores e profissionais. Ainda assim gostava de ter oportunidade para fazer uma formação teatral logo que possível. 
Como te situas relativamente ao teatro? 
Sempre gostei de teatro e desde pequena que estou habituada a assistir a peças muito diferentes. Os meus pais também gostam e sempre me levaram a assistir a espetáculos ao vivo; concertos, teatro, dança, musicais, etc. Para além deste hábito, sempre me lembro de pisar o palco com relativa facilidade - antes da escola primária dancei ballet dois anos consecutivos no grande auditório do TMG;  na escola primária, no 5º e 6º ano participei em diversas atividades de expressão dramática e cheguei a ter algumas participações memoráveis: na festa de finalista da escola primária fui a Tia Emma do “Feiticeiro de OZ”; no 6º ano fui a Scarlett O’Hara em “E tudo o Ventou levou”. Depois, devido a constrangimentos diversos, a expressão dramática ficou um pouco num papel secundário (ou até figurante, he he he he!!!), mas nunca esquecida. Gosto da transfiguração que sofremos em cima do palco; gosto do trabalho intelectual e emocional a que somos sujeitos para criar novas personagens em que algumas nem têm nada a ver connosco; gosto da adrenalina antes de “subir o pano”, que nos dá uma clarividência muito especial; gosto também da relação de entreajuda e colaboração que se cria com os outros participantes - encenador, atores, produtores, técnicos, etc.
Não tenho, para já, qualquer intenção em seguir profissionalmente a dramatização, mas, sempre que possa e me deixem, lá estarei…

0 comentários :

Enviar um comentário

Os comentários anónimos serão rejeitados.