quinta-feira, 4 de junho de 2020

A PARTIR DE UMA CRÓNICA DE MIGUEL ESTEVES CARDOSO (5) Alunos do 10º ano escrevem sobre ler e não ler



Partindo da crónica de Miguel Esteves Cardoso, no manual, A atividade de não ler, no âmbito do estudo das reflexões do Poeta n’ Os Lusíadas (crítica à desvalorização das Artes e das Letras), os alunos deviam escolher uma frase e criar outro texto. Aqui fica o texto da Fabiana Pereira, do 10º D.

“Os preconceitos contra a leitura são terríveis” 
Esta expressão pode ser entendida como sendo os preconceitos contra a prática da leitura, ou como os preconceitos contra os géneros literários.
Quanto à primeira, infelizmente, é possível afirmar que os portugueses não leem livros. Em Portugal, é cada vez mais raro ver alguém a ler para ocupar os tempos livres. As pessoas preferem ficar apenas a observar outras pessoas, em vez de usarem esse tempo para enriquecer a sua cultura. Para além desse enriquecimento, a leitura tem imensos benefícios, tais como reduzir o stresse, ampliar o vocabulário, prevenir doenças como o Alzheimer, servir como terapia, etc.
Em relação aos preconceitos contra os géneros de livros ou preconceitos literários, há muitas pessoas preconceituosas no que diz respeito às preferências literárias. Os gostos dos outros não nos deveriam incomodar tanto. Para ter uma opinião acerca de um livro, é preciso ler o livro em questão. Como podemos julgar alguma coisa sem conhecê-la?
Existe, por exemplo, o preconceito contra os livros clássicos, por terem uma linguagem/escrita distante da nossa realidade, por não retratarem o mundo contemporâneo. Normalmente, as pessoas não apreciam este tipo de livros por terem sido forçadas a lê-los durante o percurso escolar. O que é compreensível, pois, muitas vezes, os alunos não têm maturidade suficiente para compreender certas coisas que são ditas. Pessoalmente, eu gosto, mas também consigo compreender quem não partilhe a mesma opinião.
Há livros para todos os gostos e, tendo em conta que vivemos num mundo relativamente livre, é bom que assim seja. Toda a gente tem as suas preferências e isso é absolutamente normal. O que não podemos fazer é catalogar as pessoas, como se fossem menos “leitoras”, ou menos qualificadas para julgar o conteúdo dos livros que leem, só por possuírem gostos ou hábitos diferentes dos nossos. 
Fabiana Pereira, 10ºD

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