Ana Rosa Vila Flor (12º D) venceu o Prémio EXPRESSÃO Vox Populi 2015/16 na modalidade de Crónica / texto de Opinião. Ana Rosa já no ano passado tinha ganhado o 2º Prémio. Parabéns à Ana Rosa, que ganha assim 150 Euros. Este concurso, que culminou na realização de uma Prova a 13 de janeiro, envolveu os alunos do Ensino Secundário que em ambiente de aulas manifestaram melhores competências na área da ortografia.
O tema que Ana Rosa desenvolveu em texto foi o seguinte: "Os ajuntamentos de milhares de pessoas do tipo da passagem de Ano na Praça Velha (na Guarda) ou em outras praças de grandes cidades, da final da Liga dos Campeões, dos festejos da Liga Portuguesa de Futebol ou ainda dos festivais de música e o envolvimento que conseguem das pessoas mostram-nos que o convívio em multidão em nome de algo que nos é comum é algo que é essencial ao homem. Estes momentos de celebração, que às vezes nos parecem irracionais e desnecessários, têm uma função importante na nossa vida. Num texto bem estruturado, de 250 a 350 palavras, desenvolve uma reflexão sobre o papel na nossa vida das vivências coletivas e da participação com os outros em causas ou prazeres comuns."
O tema que Ana Rosa desenvolveu em texto foi o seguinte: "Os ajuntamentos de milhares de pessoas do tipo da passagem de Ano na Praça Velha (na Guarda) ou em outras praças de grandes cidades, da final da Liga dos Campeões, dos festejos da Liga Portuguesa de Futebol ou ainda dos festivais de música e o envolvimento que conseguem das pessoas mostram-nos que o convívio em multidão em nome de algo que nos é comum é algo que é essencial ao homem. Estes momentos de celebração, que às vezes nos parecem irracionais e desnecessários, têm uma função importante na nossa vida. Num texto bem estruturado, de 250 a 350 palavras, desenvolve uma reflexão sobre o papel na nossa vida das vivências coletivas e da participação com os outros em causas ou prazeres comuns."
EIS O TEXTO VENCEDOR:
Somos um pouco como pequenas formigas. Vivemos aglomerados em grandes
centros urbanos ou dispersos por todo o mundo. Claro, cada um com as suas
ideias, motivações e sonhos, no entanto sempre com algo em comum com os outros.
Queremos pertencer a algo, sentir-nos incluídos, e dessa forma imitamos,
fazemos cedências. Afinal até que ponto é que fazer cedências nos pode
comprometer?
Primeiro que tudo, é um comportamento essencial. O ser humano é
naturalmente conformista, e se a Natureza o fez assim, foi porque traria algum
tipo de benefício para a espécie. Juntos somos mais, mais fortes, mais
inteligentes, mais compreendidos e mais protegidos. Mas obviamente não se trata
de uma característica meramente hereditária. É na comunidade que crescemos,
aprendemos e nos tornamos homens e mulheres. Sem ela, tal não seria possível.
Talvez, ou pelo sentimento de segurança, ou pela necessidade que temos de
retribuir, ou por isto e muito mais, vivemos juntos, mais ou menos
harmoniosamente, tendo em grande estima a sociedade em que existimos e
dando-lhe grande importância. Apesar disto, existe o grande dilema que nos
assombra a todos, diariamente, escondido: eu não concordo com isto, mas toda a
gente concorda. Será que também devo concordar? Os meios de comunicação, a
publicidade, os grandes eventos desportivos, as celebridades. Para aqueles que
se atrevem a tentar pôr a descoberto o dilema, remando contra a maré, nada
parece favorável, hoje em dia. Então deixam de refletir. O sentido de
comunidade e união passa a ser desculpa para intolerâncias, superficialidades e
pura indiferença.
Somos, de facto, um pouco como formigas. Não, não podemos viver sozinhos,
é em sociedade, dentro dos seus defeitos e qualidades, que podemos atingir o
nosso potencial, tal como elas. Mas não nos esqueçamos que esses mesmos animais
carregam fardos muito mais pesados do que o seu aparente insignificante ser,
sozinhos.
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