Encontro da Comissão Instaladora da FNAEBS com o CNE. António Pereira é o primeiro à esquerda. Ao centro, David Justino e Manuel Miguéns, Presid. e Sec. Geral do CNE |
A FNAEBS (Federação Nacional das Associações
de Estudantes do Ensino Básico e Secundário) tem como objetivo ser o órgão de
representatividade de todas as Associações de Estudantes no Ensino Básico e Secundário.
Sendo um órgão recente, havia necessidade de a Federação se apresentar a várias
entidades como o órgão representante de todas as Associações. Assim sendo, a Comissão
Instaladora da FNAEBS decidiu reunir-se em Lisboa, entre 3 e 5 de julho,
com variadas entidades como as Secretarias de Estado da Educação e do Desporto,
o Instituto Português do Desporto e da Juventude, o Conselho Nacional da Educação,
a Direção Geral da Educação, as Federações Sindicais (Fed. Nacional de
Educação e FENPROF) e, finalmente, os Grupos Parlamentares do PSD, PS, BE e
CDS-PP.
Relativamente à política educativa,
a FNAEBS mostrou-se preocupada relativamente à estagnação do ensino em Portugal
que necessita de mudança visto que este, hoje em dia, foca-se na avaliação e a
FNAEBS acredita que o ensino não se deve focar na avaliação, mas sim nas capacidades
do aluno. Destacou também a importância de uma reformulação no acesso ao ensino
superior que, apesar de ser um modelo que funciona, não acreditamos ser o mais
eficaz. Mostrámos também o nosso apoio e as nossas congratulações pela
flexibilização curricular, e pelo facto de esta estar a ser posta em prática
num projeto-piloto onde estão envolvidas cerca de 200 escolas a nível nacional.
Tocámos também numa questão óbvia, que é a redução de alunos por turma e que
seja aplicado o mesmo critério de redução do número de alunos por turma que
integre alunos NEE no Secundário, sendo esta uma regra que está em vigor apenas
no Básico.
Quanto à política juvenil,
demonstrámos o nosso desagrado pela dificuldade em uma Associação de Estudantes
se oficializar, ser reconhecida pelo Estado e inscrever-se na RNAJ, uma vez que
o processo é muito dispendioso e muito moroso, visto que que existem demasiados
obstáculos e muita falta de informação.
Numa nota mais pessoal e para
concluir, como estudante e dirigente associativo, esta viagem de trabalho foi
uma oportunidade única de aprendizagem pois lidei com entidades que são
responsáveis por praticamente todo o ensino português e, como representante dos
alunos do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, foi importante “ver o
outro lado”, perceber porque é que certos mecanismos no ensino funcionam de
certa maneira. Algo que me marcou nesta viagem foi a prontidão e a forma como
fomos recebidos por estas entidades que querem realmente ouvir os alunos e
tentar perceber o que está a falhar no ensino português. No final de contas
esta Federação é, como o Sr. Diretor-Geral da Educação disse, um passo gigante
e estou felicíssimo por ser um dos membros da Comissão Instaladora.
António Pereira (Presidente da AE do AEAAG e Tesoureiro da Comissão Instaladora da FNAEBS)
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