As Intermitências da Morte, de José Saramago
E se a morte, no último
segundo, se arrependesse de matar?
Na leitura de uma
narrativa livre e de reflexão, o leitor projeta uma “conversa de café” com José
Saramago. A conversa entre os dois começa em algo absurdo, onde a morte e a
imortalidade são tratadas com a inata soberba e falta de modéstia do ser
humano. À medida que a conversa prossegue, essas características são postas à
prova com problemas irreais.
José Saramago é um génio
por ser louco. Apesar de todas as reflexões absurdas e existencialistas - que
nos fazem perder a cabeça - ocuparem mais de metade do livro, o autor tem uma
história de amor para partilhar. A verdadeira história com uma lição de moral é
algo fantástico que mais nenhum ser humano ousou pensar.
Queria contar todas as
pequenas histórias, que criticam o ser humano. Porém refiro apenas a última,
que para mim é a mais importante: no fim encontramos uma Morte diferente, uma Morte
metamorfoseada em mulher. Na minha interpretação, acredito que numa última
tentativa, ela levou a carta roxa no seu bolso preto, mas acabou por a perder
no meio de lençóis que talvez fossem brancos.
As férias terão um novo
rumo com este livro.
Inês Monteiro (11º F)
0 comentários :
Enviar um comentário
Os comentários anónimos serão rejeitados.