quarta-feira, 13 de junho de 2018

LEITURAS PARA FÉRIAS - 18 As intermitências da morte, a sugestão de Inês Monteiro



As Intermitências da Morte, de José Saramago
E se a morte, no último segundo, se arrependesse de matar?
Na leitura de uma narrativa livre e de reflexão, o leitor projeta uma “conversa de café” com José Saramago. A conversa entre os dois começa em algo absurdo, onde a morte e a imortalidade são tratadas com a inata soberba e falta de modéstia do ser humano. À medida que a conversa prossegue, essas características são postas à prova com problemas irreais.
José Saramago é um génio por ser louco. Apesar de todas as reflexões absurdas e existencialistas - que nos fazem perder a cabeça - ocuparem mais de metade do livro, o autor tem uma história de amor para partilhar. A verdadeira história com uma lição de moral é algo fantástico que mais nenhum ser humano ousou pensar.
Queria contar todas as pequenas histórias, que criticam o ser humano. Porém refiro apenas a última, que para mim é a mais importante: no fim encontramos uma Morte diferente, uma Morte metamorfoseada em mulher. Na minha interpretação, acredito que numa última tentativa, ela levou a carta roxa no seu bolso preto, mas acabou por a perder no meio de lençóis que talvez fossem brancos.
As férias terão um novo rumo com este livro.
Inês Monteiro (11º F)



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