quinta-feira, 7 de maio de 2020

TEXTOS CRIATIVOS (2) Mais textos criativos do 10º D

     
      Mais textos criativos do 10º D a partir do trabalho na disciplina de Português. 

O silêncio profundo ao meio-dia (a partir de A fremosura desta fresca serra)
A praia estava calma, com poucas pessoas
O sol brilhava e a areia tinha mil e um tons
O mar, embora fresco, estava pacífico,
Com uma ondulação fraca e harmoniosa.
O céu estava bem azul, sem nenhuma nuvem.
Um cheiro intenso a maresia pairava no ar
Relaxando toda a gente que se encontrava na praia.
Havia pássaros a voar sobre o mar gelado
Ao seu redor havia canoas e casas
E pescadores a trabalhar nos seus navios.
Na areia, as poucas pessoas presentes tomavam banhos de sol
Algumas delas liam os seus livros,
Outras brincavam com crianças.
Atrás delas vislumbrava-se um passadiço calmo e sem pessoas
Ao seu lado esquerdo encontrava-se um enorme rochedo,
Fazendo sombra a um casal de turistas que se encontrava por perto.
Do lado contrário, observava-se uma linda paisagem
Contemplando grandes dunas
Com uma imensidão de areia erguendo-se até ao céu
Dado o vento que se fazia sentir neste final de manhã.
Aos poucos, pessoas iam abandonando a praia para irem almoçar
Pouco tempo depois, escutava-se apenas o ruído do silêncio
Um silêncio profundo
Apenas interrompido com o bater leve das ondas na areia
E com o alternado grasnar das gaivotas.
              Tiago Leitão, 10ºD

Lá ia ela no meio do olival,
Pegando na vara e balde vazio
Arqueando os cantos dos lábios
No mais belo e luminoso sorriso.

Leda serenidade deleitosa
Presença moderada e graciosa,
Sábia, literata e astuta,
Nela tudo indica graça e formosura.

Ondados fios d’ouro reluzente,
Flutuando através do vento incessante
Refletem a presença da estrela incandescente
Permutando para dourado o fruto de um preto alucinante

Olhos, que vos moveis docemente,
Da cor das folhas que a rodeiam,
De um verde para sempre permanente
Na memória cravado pelo desejo.

Lá ia ela no meio do olival,
Depois de um trabalho doloroso,
Com as suas mãos delicadas, calejadas.
Porém a sua expressão era de felicidade
Nada havia sobre ela de pesaroso,
Quiçá a jovem de cabelos louros,
De beleza e génio fascinante,
Contém mais mistérios do que algum outro.
        Beatriz Madeira, 10ºD


Que estranho. Sonhar contigo, mesmo quando estou acordada. Relembrar os teus olhos de um castanho escuro profundo, nos quais eu me perco irremediavelmente, os teus olhos que me roubavam as palavras, e as tuas longas pestanas (o quanto eu invejo essas tuas pestanas!); os teus dedos compridos (que faziam os meus sorrir) e as tuas mãos enormes, mas extremamente delicadas. Ao dar-te a mão, por um ínfimo segundo, achava que não teria de enfrentar nada sozinha, que conseguiria conquistar o mundo, desde que tivesse essa tua “mão”, desde que te tivesse a ti. E, acredita, apesar de tudo, vai sempre haver espaço na minha mão para a tua.
O teu abraço, o mais forte que conheci, como se cada vez que te abraçasse não fosse suficiente, como se faltasse sempre algo, algum espaço entre nós, pois queria conhecer cada centímetro teu, tudo o que houvesse para saber e entender sobre ti.
E o teu sorriso, meu amor, e ver-te rir. O teu sorriso, que me fazia querer abraçar-te, e (talvez) amar-te ainda mais. Estúpido sorriso. Ver-te sorrir as coisas mais absurdas e disparatadas, ou quando dizias algo sem qualquer nexo, que achavas engraçado, e te rias, e eu me ria para te fazer rir ainda mais.
Porque, afinal de contas, não é isso estar apaixonado? Deixar de pensar, agir como uma criança, tornar-se um ser quase “ilógico”, “antirracional”, “insensato”?
Eu queria que me amasses de mil indizíveis maneiras, e não me importava do quão difícil “isto” se revelasse, continuaria a amar-te e a querer que sentisses o mesmo. Mas, como costumam dizer “o que está destinado a acontecer, acontecerá”. E nós, claramente, não estávamos destinados. E embora eu o tenha previsto, dói; extenua-me saber que tenho de te deixar ir, mas não consigo, porque ainda tenho esperança de que o “impossível” algum dia possa acontecer.
             Maria Duarte, 10ºD

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