Mais textos criativos do 10º D a partir do trabalho na disciplina de Português.
O silêncio
profundo ao meio-dia (a partir de A
fremosura desta fresca serra)
A praia
estava calma, com poucas pessoas
O sol
brilhava e a areia tinha mil e um tons
O mar,
embora fresco, estava pacífico,
Com uma
ondulação fraca e harmoniosa.
O céu estava bem azul, sem nenhuma
nuvem.
Um cheiro
intenso a maresia pairava no ar
Relaxando
toda a gente que se encontrava na praia.
Havia
pássaros a voar sobre o mar gelado
Ao
seu redor havia canoas e casas
E
pescadores a trabalhar nos seus navios.
Na
areia, as poucas pessoas presentes tomavam banhos de sol
Algumas
delas liam os seus livros,
Outras
brincavam com crianças.
Atrás delas vislumbrava-se
um passadiço calmo e sem pessoas
Ao seu lado
esquerdo encontrava-se um enorme rochedo,
Fazendo
sombra a um casal de turistas que se encontrava por perto.
Do lado
contrário, observava-se uma linda paisagem
Contemplando
grandes dunas
Com uma
imensidão de areia erguendo-se até ao céu
Dado o vento
que se fazia sentir neste final de manhã.
Aos poucos,
pessoas iam abandonando a praia para irem almoçar
Pouco tempo
depois, escutava-se apenas o ruído do silêncio
Um silêncio
profundo
Apenas
interrompido com o bater leve das ondas na areia
E com o
alternado grasnar das gaivotas.
Tiago Leitão, 10ºD
Lá
ia ela no meio do olival,
Pegando
na vara e balde vazio
Arqueando
os cantos dos lábios
No
mais belo e luminoso sorriso.
Leda
serenidade deleitosa
Presença
moderada e graciosa,
Sábia,
literata e astuta,
Nela
tudo indica graça e formosura.
Ondados fios d’ouro reluzente,
Flutuando
através do vento incessante
Refletem
a presença da estrela incandescente
Permutando
para dourado o fruto de um preto alucinante
Olhos, que vos moveis docemente,
Da
cor das folhas que a rodeiam,
De
um verde para sempre permanente
Na
memória cravado pelo desejo.
Lá
ia ela no meio do olival,
Depois
de um trabalho doloroso,
Com
as suas mãos delicadas, calejadas.
Porém
a sua expressão era de felicidade
Nada
havia sobre ela de pesaroso,
Quiçá
a jovem de cabelos louros,
De
beleza e génio fascinante,
Contém
mais mistérios do que algum outro.
Beatriz Madeira, 10ºD
Que estranho. Sonhar
contigo, mesmo quando estou acordada. Relembrar os teus olhos de um castanho
escuro profundo, nos quais eu me perco irremediavelmente, os teus olhos que me
roubavam as palavras, e as tuas longas pestanas (o quanto eu invejo essas tuas
pestanas!); os teus dedos compridos (que faziam os meus sorrir) e as tuas mãos
enormes, mas extremamente delicadas. Ao dar-te a mão, por um ínfimo segundo,
achava que não teria de enfrentar nada sozinha, que conseguiria conquistar o
mundo, desde que tivesse essa tua “mão”, desde que te tivesse a ti. E,
acredita, apesar de tudo, vai sempre haver espaço na minha mão para a tua.
O teu abraço, o mais
forte que conheci, como se cada vez que te abraçasse não fosse suficiente, como
se faltasse sempre algo, algum espaço entre nós, pois queria conhecer cada
centímetro teu, tudo o que houvesse para saber e entender sobre ti.
E o teu sorriso, meu
amor, e ver-te rir. O teu sorriso, que me fazia querer abraçar-te, e (talvez)
amar-te ainda mais. Estúpido sorriso. Ver-te sorrir as coisas mais absurdas e disparatadas, ou quando
dizias algo sem qualquer nexo, que achavas engraçado, e te rias, e eu me ria
para te fazer rir ainda mais.
Porque, afinal de
contas, não é isso estar apaixonado? Deixar de pensar, agir como uma criança,
tornar-se um ser quase “ilógico”, “antirracional”, “insensato”?
Eu queria que me
amasses de mil indizíveis maneiras, e não me importava do quão difícil “isto”
se revelasse, continuaria a amar-te e a querer que sentisses o mesmo. Mas, como costumam dizer “o que está
destinado a acontecer, acontecerá”. E nós, claramente, não estávamos
destinados. E embora eu o tenha previsto, dói; extenua-me saber que tenho de te
deixar ir, mas não consigo, porque ainda tenho esperança de que o “impossível” algum
dia possa acontecer.
Maria Duarte, 10ºD
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