Partindo da crónica de Miguel Esteves Cardoso, no manual, A atividade de não ler, no âmbito do estudo das reflexões do Poeta n’ Os Lusíadas (crítica à desvalorização das Artes e das Letras), os alunos deviam escolher uma frase e criar outro texto. Aqui fica o texto da Fabiana Pereira, do 10º D.
“Os preconceitos contra a leitura
são terríveis”
Esta expressão pode ser entendida
como sendo os preconceitos contra a prática da leitura, ou como os preconceitos
contra os géneros literários.
Quanto à primeira, infelizmente,
é possível afirmar que os portugueses não leem livros. Em Portugal, é cada vez
mais raro ver alguém a ler para ocupar os tempos livres. As pessoas preferem
ficar apenas a observar outras pessoas, em vez de usarem esse tempo para
enriquecer a sua cultura. Para além desse enriquecimento, a leitura tem imensos
benefícios, tais como reduzir o stresse, ampliar o vocabulário, prevenir
doenças como o Alzheimer, servir como terapia, etc.
Em relação aos preconceitos
contra os géneros de livros ou preconceitos literários, há muitas pessoas
preconceituosas no que diz respeito às preferências literárias. Os gostos dos
outros não nos deveriam incomodar tanto. Para ter uma opinião acerca de um
livro, é preciso ler o livro em questão. Como podemos julgar alguma coisa sem
conhecê-la?
Existe, por exemplo, o preconceito
contra os livros clássicos, por terem uma linguagem/escrita distante da nossa
realidade, por não retratarem o mundo contemporâneo. Normalmente, as pessoas
não apreciam este tipo de livros por terem sido forçadas a lê-los durante o
percurso escolar. O que é compreensível, pois, muitas vezes, os alunos não têm
maturidade suficiente para compreender certas coisas que são ditas.
Pessoalmente, eu gosto, mas também consigo compreender quem não partilhe a
mesma opinião.
Há livros para todos os gostos e,
tendo em conta que vivemos num mundo relativamente livre, é bom que assim seja.
Toda a gente tem as suas preferências e isso é absolutamente normal. O que não
podemos fazer é catalogar as pessoas, como se fossem menos “leitoras”, ou menos
qualificadas para julgar o conteúdo dos livros que leem, só por possuírem
gostos ou hábitos diferentes dos nossos.
Fabiana Pereira, 10ºD
0 comentários :
Enviar um comentário
Os comentários anónimos serão rejeitados.