“Auto da Índia”
é uma peça de teatro, mais precisamente uma farsa, escrita por Gil Vicente.
Apresentada
pela primeira vez no ano de 1509, em Almada, perante a rainha D. Leonor, foi
uma das primeiras peças de teatro da Península Ibérica a ter uma intriga. Foi
também a primeira "Farsa" escrita por Gil Vicente, ou seja, uma
sátira social que mistura comédia e crítica aos maus costumes.
O
"Auto da Índia" é uma peça do seu tempo, passada numa altura em
Portugal sofria grandes transformações socioeconómicas; há, contudo, uma certa
ironia no uso do título da peça, pois ela não fala sobre a expansão ultramarina
na Índia e muito menos a glorifica, como outras obras da altura,. Gil Vicente,
como autor satírico que era, preferiu explorar as suas consequências nas
relações matrimoniais, expondo, de forma cómica aquilo que ocorria com os
casais em que o marido passava longos meses em alto mar e a mulher ficava
sozinha em casa. Assim, denuncia as práticas de adultério cometidas pelas
esposas dos navegadores e marinheiros que, na longa ausência dos maridos, não
tinham pudor nenhum em traí-los.
Esta peça
distingue se das outras por estar maioritariamente em português.
As
personagens são a Ama, a Moça, Castelhano, Lemos e o Marido.
5 de junho
de 2020
«Auto da
Índia» foi um livro de leitura agradável e bastante interessante: no entanto, a
leitura via ecrã é totalmente diferente de ler um livro em papel, sendo mais
cansativo.
Gil
Vicente, como já estamos habituados, possui uma escrita cómica, o que torna o
livro divertido. A crítica feita nesta obra pode ser aplicada ainda hoje não no
contexto de os maridos irem para os Descobrimentos mas quando eles vão
trabalhar para um lugar distante e as mulheres praticam o adultério.
Esta obra
fala de uma mulher que trai o homem assim que parte para os Descobrimentos,
envolvendo várias personagens e intrigas pelo meio.
Gostei
muito da leitura da obra e recomendo-a a todos.
Miguel Mateus (10º C)
0 comentários :
Enviar um comentário
Os comentários anónimos serão rejeitados.