terça-feira, 23 de junho de 2020

IMPRESSÕES DE LEITURA Ler o Auto da Índia é uma bela experiência, diz o Miguel Mateus

3 de junho de 2020
“Auto da Índia” é uma peça de teatro, mais precisamente uma farsa, escrita por Gil Vicente.
Apresentada pela primeira vez no ano de 1509, em Almada, perante a rainha D. Leonor, foi uma das primeiras peças de teatro da Península Ibérica a ter uma intriga. Foi também a primeira "Farsa" escrita por Gil Vicente, ou seja, uma sátira social que mistura comédia e crítica aos maus costumes.
O "Auto da Índia" é uma peça do seu tempo, passada numa altura em Portugal sofria grandes transformações socioeconómicas; há, contudo, uma certa ironia no uso do título da peça, pois ela não fala sobre a expansão ultramarina na Índia e muito menos a glorifica, como outras obras da altura,. Gil Vicente, como autor satírico que era, preferiu explorar as suas consequências nas relações matrimoniais, expondo, de forma cómica aquilo que ocorria com os casais em que o marido passava longos meses em alto mar e a mulher ficava sozinha em casa. Assim, denuncia as práticas de adultério cometidas pelas esposas dos navegadores e marinheiros que, na longa ausência dos maridos, não tinham pudor nenhum em traí-los.
Esta peça distingue se das outras por estar maioritariamente em português.
As personagens são a Ama, a Moça, Castelhano, Lemos e o Marido.

5 de junho de 2020
«Auto da Índia» foi um livro de leitura agradável e bastante interessante: no entanto, a leitura via ecrã é totalmente diferente de ler um livro em papel, sendo mais cansativo.
Gil Vicente, como já estamos habituados, possui uma escrita cómica, o que torna o livro divertido. A crítica feita nesta obra pode ser aplicada ainda hoje não no contexto de os maridos irem para os Descobrimentos mas quando eles vão trabalhar para um lugar distante e as mulheres praticam o adultério.
Esta obra fala de uma mulher que trai o homem assim que parte para os Descobrimentos, envolvendo várias personagens e intrigas pelo meio.
Gostei muito da leitura da obra e recomendo-a a todos.
Miguel Mateus (10º C)


0 comentários :

Enviar um comentário

Os comentários anónimos serão rejeitados.