O avô materno Thomaz de Mello
Breyner foi o familiar que mais influência teve na inclinação de Sophia de Mello Breyner Andresen para a poesia. Este avô levava Sophia a
aprender de cor muitos poemas e o primeiro poema que aprendeu ainda antes de
saber ler foi a "Nau Catrineta". Aos quatro anos recitava para o avô o soneto de
Camões “Alma minha gentil que te partiste”. Era por todos considerada um
talento na pose que fazia e na energia que colocava a declamar. Aos 9 anos
andava com “Os Lusíadas” na algibeira.
De visita ao Porto aos 10 anos de
Sophia, comenta o avô Thomaz sobre a sua precocidade: “Passei a tarde no jardim com a rica neta
Sophia que tem dez anos, mas conversa como se tivesse 20 ou 30”. E Sophia
reconhecerá mais tarde: “A influência do meu avô na minha cultura foi profunda
e nalguns pontos fundamental”. A biblioteca da casa deste avô, onde ela vinha
passar temporadas, era outro lugar de mistério, “um lugar de espanto” com 3
salas pejadas de livros onde ela era recebida com um disco de Bach.
Creio que Thomaz de Mello Breyner era o avô materno de Sophia de Mello Breyner Andresen, e não o paterno que era João Henrique Andresen.
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